terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Como trabalhar remoto com python / django? Parte 05 (finanças)

De volta com mais uma parte da série: "como trabalhar remoto com python / django?". Mas antes de continuar (e falar um pouco sobre finanças) eu quero escrever mais um pouco (alguns pensamentos que tive) sobre a relação de empregado com empregador e os seus distintos pontos de vista. Que iniciei no poste anterior ("Como trabalhar remoto com python / django? Parte 04 (2ª ruptura)")

No poste anterior estávamos conversando sobre como uma estrutura de trabalho pode levar a um desperdício de tempo, logo elevar os custos e assim resultar em corte de gastos (demissões). Por outro lado o empregador pode simplesmente ter percebido que o empregado não é a pessoa certa para o trabalho. E não há nada errado em não ser a pessoa certa para um trabalho. Como em uma das frases (que acredito que seja) de Albert Einstein:
"Todo mundo é um gênio. Mas se você julgar um peixe pela sua habilidade de subir em árvores, ele viverá o resto de sua vida acreditando que é um idiota." ― Albert Einstein
Sempre que começava uma busca por um novo trabalho remoto, por mais pesquisas que fizesse sobre as empresas, eu só percebia que não era a pessoa certa para o trabalho durante ou depois da entrevista (ou talvez não quisesse ver antes). É sempre bom buscar uma parceria em cada trabalho. Ou seja. O seu desejo de realizar um trabalho deve ser igualmente proporcional a necessidade de quem recebe o resultado.

Eu sempre tive uma frase em mente: "eu quero estudar para fazer o que eu gosto" logo meu trabalho tem que ter algo que eu goste de fazer. Mas o que eu gosto de fazer? Além de ver séries, que posso chamar de trabalho e ganhe algum dinheiro. Responder a essa pergunta é um primeiro passo para ser a pessoa certa para um trabalho. E começar a buscar quem necessite do que você faz de melhor ao invés de se esforçar para se encaixar em um conjunto de requisitos. Se tornando assim algo que você não é (ou a pessoa certa no lugar errado e por ai vai).

Pessoalmente eu nunca me vi como engenheiro ou cientista (também não sei se alguém se vê assim). Sempre gostei da parte prática da tecnologia e como poderia fazer do meu dia a dia melhor e/ou mais fácil, de matemática (lógica, probabilidade, estatística e progressão. Parte mais prática. Pelo menos para mim. E não cálculo pelo cálculo.) e também de artes (fotografia, vídeo, design entre outros). Mas nenhum desses temas/campos em separado. Passado um tempo eu finalmente percebi que o que eu gosto de fazer está sempre ligado a criação, descoberta e solução. Assim descobri em quais trabalhos a criatividade era forte requisito. Depois foi só encontrar um trabalho que juntasse criação com algo que fazia bem. Daí bingo! Difícil? Talvez. Mas o quão motivado você se sente para ser feliz fazendo o que gosta? :)

Bem, vamos falar de finanças. Antes de começar a pensar se um dia iria conseguir ter uma casa (AP) "própria" para morar (parte 03) eu pensava muito sobre quanto de reserva (dinheiro) era preciso ter para mudar de trabalho. Tanto que se tornou uma meta (eu via muitos vídeos como este). No início (reserva pouca ou nenhuma) eu tinha que aceitar o salário e o trabalho que eram oferecidos (não que fossem ruins mas) tanto por falta de experiência quanto por necessidade (pagar as contas). Assim antes de mais nada é preciso começar a juntar um dinheiro e ter uma certa reserva. Mas quanto? Eu (solteiro) comecei com três meses de reserva. Ou seja, poderia ficar parado (sem trabalho) por uns três meses.

Pausa pare entender como é ser um trabalhador autônomo. O trabalhador autônomo precisa se ver como uma empresa (ou até já seja) o que significa que todas as despesas/benefícios antes asseguradas pelo empregador e/ou governo (férias remuneradas, seguro desemprego, vale transporte, vale refeição/alimentação, plano de saúde, aposentadoria, salário e quantos mais existirem) agora são por sua conta. Logo é preciso que a visão de organização financeira também seja a de uma empresa. Assim como a jurídica (mas essa é outra história). Ou seja, agora todas essas despesas devem ser descontadas dos valores que entram como receita (valor bruto) e como nem sempre temos receita é preciso ter sempre um dinheiro em caixa (reserva).

Eu não aconselho ninguém a largar tudo (emprego) e se aventurar sem antes pesar os riscos envolvidos e se preparar (financeiramente) para o pior cenário antes de começar a trabalhar "full time" (em tempo integral) como freelancer. No meu caso (na época) eu consegui uma redução na minha carga horária como CLT e assim pude trabalhar como freelancer (e CLT) até conseguir juntar um dinheiro (reserva) suficiente para me sentir tranquilo a respeito do assunto demissão. O que é uma sensação muito boa (paz?) de se sentir. Mas existem outras formas e cada caso é um caso. Eu gosto muito da visão de se trabalhar para "pagar" o próximo ano já que este já está "pago". Ou seja, o valor da reserva é igual a soma de um ano de despesas.

O equilíbrio financeiro começa com um método (ou regra como a dos 50-15-35) para manter esse equilíbrio hoje (pagar com sobra as contas do mês), amanhã (reserva de três, seis ou um ano de todas as despesas) e sempre (aposentadoria).

Abraço. Feliz Natal e ano de 2017 :)

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